Quantos consumidores, de forma geral, você conhece? Bom, basicamente todas as pessoas que você conhece são consumidores – de alguma coisa. E grande parte disso, se não 100%, vem da motivação dos nossos desejos e necessidades particulares, fazendo com que tenhamos comportamentos diversos. E o que o People Marketing tem a ver com isso?
Parece um tanto quanto absurdo tratar os consumidores da mesma maneira. Principalmente na hora de trabalhar a promoção de uma marca ou produto. Afinal de contas, cada um não teria cada sua própria jornada de compra?
Bom, é aqui que as campanhas humanizadas entram. Elas apareceram para, justamente, ir contra os antigos métodos, quando as empresas mal usavam segmentação para se comunicar com os consumidores. Fazendo “descer goela a baixo” os constantes e genéricos anúncios. Hoje muito conhecidos como spam.
People Marketing: as vendas contemporâneas
Quem nunca passou raiva com as centenas de e-mails promocionais que lotavam as caixas de entrada? Esse é apenas um exemplo das diversas experiências ruins que os usuários da internet passavam (e ainda passam), que (n)os fazem não pensar duas vezes antes de bloquear pop ups nos navegadores.
E não é de se admirar que essa “falta de paciência” aconteça até hoje. Mesmo sabendo disso, boa parte das empresas ainda não deixaram de lado as velhas práticas. Que culminam em estratégias falhas e com resultados nada além de negativos. Tanto para empresa quanto para o consumidor. Que, atualmente, está cada vez mais exigente, consciente dos seus hábitos e desejo de exclusividade.
Assim, o People Marketing – ou marketing humanizado – vem para quebrar essas barreiras desgostosas entre empresa (marca|produto) e consumidor. Justamente por trabalhar dados certeiros, alcançando resultados reais. Não apenas a curto prazo mas, também, a longo e médio.
Um bom exemplo disso são as campanhas baseadas apenas em cookies, que são extremamente rasas. Não é mais viável apenas seguir os passos de um usuário dentro de determinado site. O consumidor não é apenas um cursor de cliques nas páginas. É preciso saber seu nome, qual a sua necessidade e como chegou até você.
Essas informações (básicas) permitem uma comunicação a nível pessoal. Abrindo, cada vez mais, possibilidades de acesso – tanto dentro quanto fora do site – que estimulem as pessoas a compartilhar mais e mais dados com a empresa (com você).
Estratégia de pessoalidade
Existem plataformas tecnológicas inteligentes o suficiente para que seja possível fazer uma análise preditiva a partir dos dados informados (direta e indiretamente) pelos consumidores. Dessa forma é possível automatizar ações de marketing e otimizar investimentos em campanhas mais assertivas que tenham mais chances de sucesso.
Aliada à automação, a metodologia do People Marketing auxilia empresas a entenderem em qual etapa, da jornada de compra, cada cliente se encontra. Ferramentas e conhecimentos que permitem traçar perfis de consumo e automatizar a entrega de campanhas que supram as necessidades e desejos de cada usuário.
O People Marketing como metodologia a ser adotada
Você deve estar pensando, e no final das contas, para que serve e como utilizar o People Marketing? Bem, por se basear nas interações mais humanizadas, ajuda as empresas a otimizarem suas estratégias de marketing e, consequentemente, dar um gás nas conversões.
Dessa forma, traz uma nova visão para as marcas. Fazendo com que repensem sua maneira de se relacionar com o público. Mostrando a importância de se levar em consideração a jornada de compra de cada usuário.
A metodologia do People Marketing permite que as empresas otimizem seus investimentos em mídia, através de segmentações guiadas pelas motivações e comportamentos individuais dos consumidores. Tendo como resultado campanhas focadas e com maior potencial de conversão.
Enquanto os visitantes que entram em contato com a marca/produto, são impactados com aquilo que procuram e/ou precisam. De forma muito mais fácil e de maneira agradável e natural, causando satisfação e estimulando a fidelização.
People Marketing na prática
A metodologia utiliza a automação, inteligência artificial e comunicação humanizada para criar cadastros de visitantes, mapeando seu comportamento e lançando campanha com histórias personalizadas que ajudem as pessoas a completarem sua jornada de compra.
Mas, e na prática, como funciona o People Marketing? Essa metodologia é aplicada em todas as fases dessa jornada. Desde a primeira consideração de compra do consumidor, passando pela avaliação de opções de marcas e produtos, até a conversão da venda e manutenção do relacionamento na fase de retenção.
1 – Identificação da marca pelo consumidor
Consideramos como a primeira etapa. Aqui, o objetivo do People Marketing é fazer com que as marcas identifiquem os visitantes que chegam aos sites. E, a partir dos dados obtidos, analisar e entender o perfil de cada consumidor.
Essa avaliação é feita a partir de ferramentas de conexão automatizadas, como os pop-ups de saída. Aqueles chatinhos que aparecem quando você quer sair de uma página e ele diz “tem certeza disso?”, “espera, ainda tem produtos no seu carrinho”, “não nos deixe tristes, não se vá”…
A partir desses canais, o visitante é convidado a se cadastrar, autorizando a marca a ter acesso a suas principais informações, como: nome, email, localização, gênero e idade. Dados que são de grande valia para que a empresa possa começar a segmentar seu público e gerar impactos direcionados, consequentemente, mais assertivos.
2 – Avaliação
A jornada de compra só finaliza, bem, quando o consumidor conclui a compra. Mas para chegar até lá, ainda há um bom caminho a ser percorrido. Por isso, a segunda fase – avaliação – se trata de continuar descobrindo mais sobre cada lead, enriquecendo a base com dados que serão analisados automaticamente e usados para direcionamento de campanhas futuras.
Geralmente, as ferramentas de automação de marketing mapeiam o comportamento de navegação dos usuários cadastrados: o que essas pessoas pesquisam, quais são os sites que elas mais acessam, os tipos de produtos que mais visitam, etc.
Utilizar o People Marketing fará com que você consiga entender, por exemplo, que o Marcelo gosta de consumir online, pelo celular, tem certeza de suas preferências e se envolve com a newsletter de novidades e promoções exclusivas.
Essas ferramentas fazem com que seja possível a realização de um planejamento estratégico, por parte da empresa, do disparo automático e segmentado de campanhas humanizadas. No caso do (suposto) Marcelo, usando canais mobile, que levem conteúdos exclusivos, aumentando as chances de engajamento.
3 – A conversão
Uma vez que cadastrado na base de leads, o consumidor começará a ser constantemente impactado pelas campanhas segmentadas, de acordo com seu perfil de interesses. Esse fluxo fará com que os usuários recebam campanhas especiais, como vantagens e descontos, que irão incentivá-lo a evoluir em sua jornada de compra e, enfim conclui-la.
4 – Retenção de clientes
Uma vez finalizada, a jornada de compra do consumidor “acaba”. Mas, apenas, momentaneamente. Porque: o cliente está interessado, conheceu sua marca, gostou dos seus produtos e do que você tem a oferecer. Agora é o momento de cultivar o relacionamento, investir para que seja longo e feliz.
Essa é a melhor maneira de fidelizar um cliente, fazendo com que ele compre outras vezes. A retenção é a fase onde a empresa precisa continuar monitorando o comportamento dos seus clientes. Mantendo essas pessoas conectadas com sua marca.
É aquela velha história: só é lembrado quem é visto. Mas é preciso continuar se apresentado da melhor maneira (e segmentada) possível. Para não criar “ranço”. Um relacionamento que pode ser continuado através do envio de mensagens customizadas. Entregando conteúdo relevante para cada pessoa, de acordo com suas preferências e histórico de consumo.
“O ponto é que a recorrência é o caminho para manter o negócio saudável no médio e longo prazo, porque incrementa a receita, ao mesmo tempo que diminui o custo de aquisição de novos clientes.”